A comissão do projeto Life+IBERLINCE propõe libertar 40 exemplares de lince em zonas de reintrodução da Península Ibérica em 2017

A comissão de acompanhamento do projeto Life+IBERLINCE acordou hoje, na reunião realizada em Sevilha, propor a libertação, durante o ano de 2017, de um total de 40 exemplares de lince-ibérico, entre machos e fêmeas, para reforçar a população desta espécie nas zonas de reintrodução da Península Ibérica.

Especificamente, serão soltos 8 indivíduos em cada uma das áreas de reintrodução localizadas em Portugal (Vale do Guadiana, Mértola) e Espanha (Vale de Matachel, Badajoz; Montes de Toledo, Toledo; Sierra Morena Oriental, Ciudad Real e também Guadalmellato, e Guarrizas, Jaén).

Durante a reunião foi igualmente analisado o estado de execução do projeto, e a evolução dos linces libertados. De destacar que o êxito das libertações tem permitido consolidar as populações deste felino na Andaluzia, bem como aumentar as esperanças para se atingir e cumprir os objetivos deste projeto.

Desde 2009, ano em que se deu início às reintroduções, as primeiras na Andaluzia (em Guarrizas e em Guadalmellato), foram libertados um total de 176 exemplares. O apoio social por parte dos proprietários rurais, gestores, caçadores, coutos de caça e população em geral, foi fundamental para alcançar estes resultados que nos fazem pensar que o lince-ibérico está regressando, ainda que timidamente, de modo a ocupar a sua área de distribuição histórica.

No decorrer da reunião foram entregues a todos os sócios os protocolos de ações que compõem o Manual Iberlince: o protocolo de Libertações de Lince-Ibérico, Protocolo de Controlo Sanitário, o de Ações de Melhorias de Habitat em Áreas de Reintrodução e de Monitorização das Populações de Coelho Bravo, os quais podem ser consultados na página web do projeto Life+IBERLINCE: www.iberlince.eu.

Fazem parte do Projeto Europeu Life+IBERLINCE, liderado pela Consejería do Meio Ambiente e Ordenamento do Território, o Organismo Autónomo de Parques Nacionais, Ministério de Fomento de Espanha, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas de Portugal, os Governos Autonómicos da Andaluzia, Castilla La Mancha, Murcia e Extremadura, Infraestruturas de Portugal S. A., Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S. A. e a Câmara Municipal de Moura, bem como empresas (Fomecam, Agroforex, Acajú), associações e organizações não-governamentais (Federação Andaluza de Caça, Aproca, SECEM, Adenex, WWF España, Fundação CBD-Habitat, Associação Iberlynx).