Recuperação da distribuição histórica do Lince ibérico (Lynx pardinus) em Espanha e Portugal. (LIFE10NAT/ES/570)
Eventos
Os linces reintroduzidos em Castilla-La Mancha, acomodados às suas novas áreas de campo
07/01/2015
No que se refere aos linces que foram libertados na Serra Morena no começo do passado mês de julho, ao seu posicionamento geo-referenciado permite que os técnicos conheçam mais detalhes as suas movimentações no território.
Após a ocorrência das mortes de Kala, de Kenitra e de Kairós, sabe-se que outros cinco indivíduos continuam movimentando-se pelo meio natural, adaptados perfeitamente ao seu novo ambiente.
As fêmeas Kiki e Kiowa têm-se deslocado muito pouco nas suas áreas de libertação, o que confere com a sua dinâmica natural, uma vez que, no geral as fêmeas dispersam-se menos do que os machos.
Kaplán permaneceu também próximo do seu lugar de solta, enquanto que Kivu se deslocou mais de 25 quilómetros em linha reta em sentido norte, movimentando-se numa zona ampla com abundante presença do coelho bravo.
Os proprietários e guardas da natureza são informados de todos os movimentos e deslocações, de modo que saibam da presença da espécie nas suas propriedades, evitando-se assim possíveis acidentes.
Por sua vez, Kunfú deslocou-se para a vizinha comunidade autonoma de Andaluzia, onde é monitorizado todo o seu comportamento.
À margem destes animais introduzidos de forma artificial, na região de Castilla-La Mancha, são diversos os exemplares provenientes de forma natural, como é o caso de Huelva, de Hispania, Krasti, Komino e de Jarira, nos quais é realizado um seguimento através de fotoarmadilhagem e aos colares localizadores.
O exemplo de Krasti é um dos mais singular que, já que após a sua libertação em Santa Elena (Andaluzia), deslocou-se para o norte e, fixou-se em Santa Cruz de Mudela.
Mais tarde, estabeleceu-se temporariamente entre Calzada de Calatrava e Santa Cruz de Mudela, onde se perdeu o seu rasto e tendo sido encontrado posteriormente nas redondezas de Puertollano, tendo-se fixado, posteriormente, na cerca de Corral de Calatrava.
Para além destes exemplares de lince-ibérico na comunidade, tem-se conhecimento da existência de outros exemplares sem radio-colar que são avistados em diversos pontos a sul da província da Cidade Real.
A libertação destes exemplares na zona oriental da Serra Morena, foi o primeiro passo para a reintrodução desta espécie emblemática em Castilla-La Mancha. Uma outra iniciativa importante se seguiu, tendo-se reintroduzido os primeiros linces-ibéricos nos Montes de Toledo.
Os primeiros três linces-ibéricos que foram soltos num cercado de pré-adaptação, Kentaro, Kahn e Kuna, foram libertados em meados do mês de dezembro. Neste mesmo cercado dois exemplares, Kea e Kendo, foram libertados provendo-se a sua solta para janeiro.
Depois da libertação de Kea e Kendo, está previsto chegarem mais três linces, Keres, Karma e Jabillo, conforme previsto para esta temporada.
Os trabalhos do radioseguimento dos linces libertados permitiu saber que tanto Kentaro como Kuna se fixaram junto à área onde foram libertados e, no caso de Kahn, se deslou para oeste e que se encontra na zona de Menasalbas e de San Pablo de Montes.
Todo eles estão a ser monitorizados por técnicos ambientais e pelo pessoal do projeto Life+IBERLINCE, graças aos colares GPS que possuem e, que continuam a dar informação geo-referenciada sobre os seus movimentos e localizaqção no território.
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