Dois novos exemplares de lince-ibérico soltos hoje na área de reintrodução de Guadalmellato (Córdoba)

Os alunos do colégio Ferroviário, de Córdoba, que batizaram com o nome de “Omeya” a um dos linces, participaram na solta no meio natural

Dois exemplares de lince-ibérico, um macho e uma fêmea, foram libertados esta manhã na propriedade La Ventilla, situada no término municipal de Villafranca de Córdoba, na área de reintrodução de Guadalmellato.

“Omeya” e “Oxyura”, juntam-se à população de lince-ibérico existente nesta zona, que corresponde, segundo os últimos censos do projeto Life Iberlince, a 63 indivíduos.

Na solta participaram os alunos do 4º e 5º ano da Primária do colégio Ferroviário, que no passado mês de janeiro escolheram o nome de “Omeya” para um dos linces que seria libertado esta temporada no Vale de Guadalmellato.

Relativamente ao outro exemplar, “Oxyura”, filha de Caña e Huerto, foi “batizada” no âmbito da campanha #BautizaUnLince promovida pelo projeto Iberlince nas redes sociais.

Na área de reintrodução de Guadalmellato, onde as primeiras libertações de lince-ibérico começaram em 2010, serão libertados nesta época um total de três exemplares, dois machos e uma fêmea. Dois deles, “Omeya”, filho de “Biznaga” e “Drago” e “Oxyura”, provenientes dos centros de criação em cativeiro de Silves (Portugal) e La Olivilla (Jaén), respetivamente, já se encontram neste território, e um outro exemplar somar-se-á a estes nos meses de março ou abril.

A escolha desta zona para a reintrodução não é acidental, uma vez que a zona, juntamente com a do vale de Guarrizas (Jaén), foi eleita para a reintrodução pela qualidade do habitat, as altas densidades de coelhos e o forte apoio social à reintrodução, destacando-se a colaboração dos proprietários e associações de caçadores que gerem terrenos onde se concentra a população de linces.

A população de lince-ibérico na área de Guadalmellato atualmente é de 63 exemplares, mais 13 indivíduos que os contabilizados nos censos de 2016.

Existem 15 fêmeas territoriais, verificando-se 25 novas crias, comparativamente às 16 nascidas no ano anterior.

Na Península, segundo os dados registados nos censos de 2017, existem 547 exemplares. Dos quais, 402 indivíduos concentram-se nos territórios andaluzes com a presença deste felino, enquanto que os restantes 145 estão distribuídos por Castilla-La Mancha, Extremadura e Vale do Guadiana, em Portugal.