A Direção Geral do Meio Ambiente liberta o lince “Otto” nas imediações de Fuente del Arco

A Direção Geral do Meio Ambiente da Junta da Extremadura realizou, esta quarta-feira, a última libertação de linces na Extremadura durante este ano, no término municipal de Fuente del Arco (Badajoz).

Trata-se de “Otto”, um jovem macho proveniente do Centro de Criação de la Olivilla, que irá juntar-se a outras duas fêmeas (“Noz” e “Namíbia”) já presentes na região de Valdecigueñas.
A solta foi realizada através do método de solta dura e, com este novo exemplar, são já 41 os linces que vivem em liberdade nesta região (20 machos e 21 fêmeas).

Nos 4 anos do projeto, na Extremadura, nasceram em liberdade 23 crias: 6 em 2015, 10 em 2016 e 7 em 2017, o que supõe um futuro esperançoso para a sobrevivência da espécie em terras extremenhas.

Os linces reintroduzidos em 2018 estão equipados com um GPS que irá permitir monitorizar os movimentos e usos do território, essenciais para se verificar as possíveis áreas de interconexão com outras populações da Península Ibérica.

Na solta, para além do diretor geral do Meio Ambiente, Pedro Muñoz, participaram os alunos da escola “Gloria Fuertes” de Fuente del Arco, que apadrinharam a solta dada a sua implicação desde o princípio do Projeto IBERLINCE na Extremadura, nas ações de divulgação. Esta implicação foi também notória por parte do município de Fuente del Arco, que em numerosas ocasiões foi impulsionador no que diz respeito a trabalhos de divulgação com proprietários, gestores de propriedades e população em geral.

As ações de reintrodução do lince na Extremadura iniciaram-se em 2014, como parte do projeto Life+lberlince para a recuperação da distribuição histórica do lince-ibérico (Lynx pardinus) em Espanha e Portugal.

O Projeto Life+lberlince é um projeto transnacional, cofinanciado em 61,57% pela União Europeia e coordenado pela Junta da Andaluzia, no qual participam Andaluzia, Extremadura, Castilla-La Mancha, Múrcia e Portugal. Colaboram ainda o Ministério da Agricultura e Pesca, Alimentação e Meio Ambiente e as organizações ambientais como a CBD-Hábitat, WWF, Secem e Adenex, para além das organizações cinegéticas Aproca e a Federação Andaluza de Caça, e as empresas privadas Agroforex, Fomecam e Acajú.

O projeto agradece a colaboração dos proprietários, da Federação Extremeña de Caça, Guarda Civil, Municípios desta área (especialmente Fuente del Arco e Casas de Reina), da Diputação de Badajoz, Mancomunidad de Águas e Serviços de Llerena, das Consejerías de Educação e Emprego, Economia e Infraestruturas, e dos Agentes da Natureza e Universidade da Extremadura (UEx).