O projeto Iberlince concluiu as soltas desta temporada na Andaluzia, com a libertação de um exemplar macho na área de reintrodução de Guadalmellato

Um exemplar macho de lince-ibérico de nome “Opilano”, foi libertado esta tarde na propriedade de Las Ventillas, situada no término municipal de Villafranca de Córdoba, na área de reintrodução de Guadalmellato (Córdoba).
Com a libertação de “Opilano” concluem-se as libertações nesta área, onde foram libertados um total de três linces, dois machos e uma fêmea.

Estes três exemplares (“Omeya”, “Oxyura” e “Opilano”), geneticamente selecionados para reforçar a variabilidade genética nesta área, juntam-se à restante população de lince-ibérico existente em Guadalmellato, que subiu, de acordo com os dados dos últimos censos realizados pelo projeto Iberlince (correspondente ao ano de 2017), para 63 indivíduos.

Na solta, presidida pelo consejero do Meio Ambiente e Ordenamento do Território, José Fiscal, acompanhado pelo seu homólogo de Castilla-La Mancha, Francisco Martínez Arroyo, participaram os alunos das escolas de Villafranca de Córdoba, alguns dos quais “batizaram”, durante a campanha #BautizaUnLince, o exemplar libertado, “Opilano”, cujo nome retrata a primeira personagem da história de Villafranca de Córdoba.

O último dos sete linces libertados este ano na região andaluza, “Opilano”, provém do Centro de Criação em Cativeiro de El Acebuche (Huelva), situado no Parque Natural de Doñana, e é descendente da fêmea “Homer” e do macho “Esparto”.

A escolha do Vale de Guadalmellato para a reintrodução não é por acaso, já que esta zona, juntamente com a do Vale de Guarrizas (Jaén), apresenta uma ótima qualidade de habitat, altas densidades de coelhos e um forte apoio social à reintrodução, nomeadamente pela colaboração por parte dos proprietários privados e das associações de caçadores que administram terrenos onde se encontra o grupo da população de linces.

Relembra-se que as reintroduções de exemplares no meio ambiente têm sido uma peça fundamental na recuperação desta espécie, cuja população passou de 92 exemplares em 2002 – apenas com presença na Andaluzia - para 600 linces distribuídos pela Península, mais concretamente, em Castilla-La Mancha, nas áreas dos Montes de Toledo e Serra Morena Oriental, Extremadura, Vale do Guadiana, em Portugal, e na região andaluza.