Participação de grande sucesso, na rota noturna do lince ibérico em Hinojos (Huelva)

O Consejero José Fiscal destacou a importância deste tipo de atividades educativas para sensibilizar as populações onde habita esta espécie

O consejero do Meio Ambiente e Ordenamento do Território, José Fiscal, participou na passada sexta-feira, dia 27, juntamente com 200 caminhantes nas atividades ligadas à rota noturna do lince ibérico, em Hinojos (Huelva), organizadas pelo Iberlince.

O projeto Life+Iberlince “Recuperação da distribuição histórica do lince ibérico em Espanha e Portugal”, no âmbito do programa das ações de divulgação, programou uma série de atuações de cariz social, educativo e de sensibilização, entre as quais se destacam estas rotas. Com esta iniciativa, pretende-se consciencializar a sociedade para a importância da recuperação e conservação das espécies ameaçadas, sobretudo os habitantes dos municípios da área de distribuição do felino.

Esta rota é a quarta, organizada pelo Iberlince, nos últimos dois meses, nas províncias de Jaén, Córdova e Huelva. O objetivo destas rotas, é dar a conhecer a todos os cidadãos que queiram conhecer a pé, os territórios do lince ibérico, uma das espécies mais emblemáticas da zona.

Antes da rota, os participantes assistiram a uma palestra sobre o tema, ministrada pelos técnicos do projeto, que acompanharam os caminhantes durante todo o percurso. Durante a travessia, foram dados a conhecer, dados essenciais sobre a biologia e ecologia do lince ibérico, assim como as ações levadas a cabo pelo projeto Life+Iberlince, nesta zona. Desta forma, os participantes puderam disfrutar ao máximo deste acontecimento noturno.

No âmbito desta atividade, o consejero sublinhou que proteger o lince ibérico não só salva uma espécie da extinção, mas também conserva um ecossistema - a floresta mediterrânica - e gera atividade económica positiva que por sua vez pode gerar benefícios sociais, como a fixação de população nas povoações “a nossa ideia é também associar a presença do lince num território, a uma marca de qualidade ambiental, e consequentemente ao surgimento de pequenas empresas relacionadas com percursos pedestres guiados, fotografia de natureza, etc. “, acrescentou.

No ano de 2002, a Junta de Andaluzia colocou em marcha o primeiro programa de recuperação do lince ibérico. Naquela época, permaneciam na península ibérica menos de 100 exemplares, todos eles na Andaluzia.

Dezassete anos depois, o número subiu para 593, dos quais, 448 permanecem em terras andaluzas, e o resto em diferentes áreas da península ibérica.